Nesta quinta-feira (17) um belo encontro político com um coletivo de mulheres e o candidato a deputado federal Clayton Noleto (PSB), avançou noite a dentro em uma casa de eventos da cidade.
O objetivo da reunião era debater o papel das Mulheres e sua importância na sociedade atual, em uma conjuntura de desigualdade de gênero e polarização política-eleitoral.
Presentes lideranças feministas da cidade, como as gestoras de Saúde e Educação, Dra Kelly Rocha e Dra Orleane Santana respectivamente, a presidente da Associação de Artesãos de Imperatriz (ASSARI) Simone Fonseca, a ex-vereadora Conceição Formiga, a educadora Marlene Lima, Dra Rilda Amaral (Macro) e mais de 500 mulheres de várias origens e ocupações profissionais.
Os candidatos a deputados estaduais estavam também no evento: Raymara Lima (PODEMOS), Prof. Marco Aurélio (PSB), Aurélio Gomes (PT) e Rildo Amaral (PP) fizeram uso da palavra para reafirmarem as pautas da luta pela igualdade de gênero.
“É conveniente culpar as mulheres pelos desajustes do conjunto da sociedade. O patriarcado quer as mulheres voluntárias: no trabalho doméstico, no cuidado com os doentes, com os presos, cuidando integralmente das crianças da sociedade. Nossa sociedade patriarcal se utiliza da subjugação das mulheres para ocupá-las com as responsabilidades que deveriam ser da sociedade. Geralmente quando se diz: tal assunto é de responsabilidade das famílias, na verdade estão dizendo: mulheres, se virem!”. Afirmou a psicóloga e gestora de Saúde, Kelly Rocha.
Jornada Tripla
Uma pesquisa feita pelo IBGE e divulgada pelo jornal “Valor Econômico” afirma que mulheres brasileiras trabalham em média 8 horas a mais do que os homens, mesmo estando empregadas.
As mulheres que trabalham dedicam em média 18,5 horas para afazeres domésticos e cuidados de pessoas das famílias, especialmente os filhos. Homens empregados dedicam 10,4 horas para essas atividades de acordo com Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), referente a 2019.
Representatividade
A Profa. Giseuda Costa, representou a Coordenação da Educação da Igualdade Racial de Imperatriz, CEIRI-UREI e fez uso da fala para reafirmar que o recorte racial no Brasil é inescapável quando se trata de desigualdades.
Clayton Noleto destacou ao público feminino a importância de defender a Lei 10.639/2003, que pauta o ensino de História e Cultura Afro-brasileira. Vale lembrar que o candidato a deputado federal é graduado em História pela Universidade Estadual do Maranhão (UEMA).
“A emancipação das mulheres é condição imprescindível para o acontecimento da dinâmica da modernidade. Ou seja, não há história de avanço da civilização sem a emancipação feminina e o esvaziamento contínuo das desigualdades. Então, todo aquele que se levanta contra a emancipação das mulheres, está ao mesmo tempo, inescapavelmente, se insurgindo contra o avanço civilizatório. Logo, precisa também se levantar contra a ciência, contra as artes, contra a elevação cultural.” Afirmou Noleto.
Pauta importante
Os debates se iniciaram por volta das 19:30 e só foram terminar quase as 23:30, sinal forte de que o tema interessou muito o público , que era praticamente 100% de mulheres.
Para esta reportagem de “O Progresso” a candidata a deputada estadual Raymara Lima afirmou: “As mulheres, em regra, ainda vivem sob forte alienação e violências, por sua condição de gênero. O feminismo, então, é uma reação a esta condição. É necessário e urgente muita força e capacidade de organização política para todas as mulheres nesta luta contra a supremacia das desigualdades.” Disse. (Carlos Leen)
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