A espondilolistese é uma doença da coluna na qual uma vértebra escorrega sobre a vértebra que se encontra abaixo, provocando o desalinhamento e causando instabilidade na coluna vertebral, provocando dor, de acordo com os especialistas.
A condição pode desenvolver-se a partir de espondilolise, que é uma fratura de stress em uma parte das vértebras envolvidas, ou através de um processo degenerativo que envolve as vértebras e o disco correspondente, fazendo com que o deslocamento apareça.
“Muitas vezes esse deslocamento acaba gerando uma compressão nas raízes do nervo no ponto onde ele deixa a coluna, causando dor”, explica o médico especialista em coluna, André Pagotto, lembrando que “assim como ocorre em outras doenças da coluna, o processo degenerativo dos discos é uma das principais causas de espondilolistese”.
Ainda segundo o médico, outros fatores podem colaborar para o escorregamento da vértebra. “Crianças e jovens em fase de crescimento, pessoas que praticam atividades físicas, estresse por trauma de repetição, pessoas que passaram por algum procedimento cirúrgico na coluna e atletas que praticam atividades físicas repetitivas”.
A espondilolistese pode ser causada, ainda, em decorrência de traumas, quedas, acidentes, fratura na parte posterior da coluna (local em que uma vértebra se ancora na outra), conforme Pagotto.
Os principais sintomas da doença, dependendo do seu grau, são: dor no nervo ciático, ciatalgia, claudicação neurogênica, perda de força, sensação de peso nas pernas, alteração de sensibilidade e dormência dos membros inferiores.
Além disso, de acordo com André Pagotto, o atrito de uma vértebra sobre a outra pode levar ao desgaste do disco, causando a hérnia de disco ou estenose de canal. Os tratamentos para a espondilolistese variam dependendo do paciente e da gravidade. Na maioria dos casos, são recomendados tratamentos não-cirúrgicos.
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