Op. Pegadores: Operador de esquema na Saúde do MA suicida-se - Kelly do Blog

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sexta-feira, 13 de abril de 2018

Op. Pegadores: Operador de esquema na Saúde do MA suicida-se

Gilberto Lêda- O médico Mariano de Castro, apontado pela Polícia Federal como operador do esquema desbaratado pela Operação Pegadores, suicidou-se, na noite de hoje (12), em Teresina (PI), onde estava em prisão domiciliar, conforme decisão do TRF-1 (reveja).


Segundo as primeiras informações, ele se enforcou no apartamento onde morava na capital piauiense.

Mariano foi assessor especial da Secretaria de Estado da Saúde do Maranhão (SES) a partir de 2015, e nos últimos dias teve o teor de uma carta escrita de próprio punho vazado na imprensa.

No escrito ele revelava várias nuances do esquema desbaratado pela PF e apontava envolvidos que já estiveram ou ainda estão trabalhando na SES.

Movimentação

Um dos principais alvos da Operação Pegadores, Mariano de Castro teve moviemtnações financeiras atípicas que chamaram atenção até do desembargador federal Ney Bello, da Terceira Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1).

Em despacho ao negar liberdade ao então acusado, o magistrado estranhou um fato relacionado ao ex-assessor da Secretaria de Estado da Saúde (SES), apontado como um dos líderes do esquema que desviou, segundo a PF, R$ 18 milhões da Saúde estadual.


Após relatar as várias acusações que pesam contra Mariano (reveja), Ney Bello fez uma reflexão sobre o fato de um servidor “do terceiro ou quarto escalão de uma Secretaria de Estado” ter movimentado somas tão altas de recursos públicos em contas bancárias de sua titularidade, ou sob seu controle.

“Evidente que há algo a ser investigado no conjunto fático aqui demonstrado, pois não é razoável que um servidor do terceiro ou quarto escalão de uma Secretaria de Estado movimente valores do montante apontado, faça pagamentos vultosos a sua ‘sogra’ e através de uma empresa que – ao menos em fundada suspeita – é dele próprio e não de terceira pessoa, mãe de sua esposa. Além de ser, a priori, injustificável que receba valores de prestadores de serviço conforme indicado”, destacou Bello em seu despacho.
Está claro que não só a PF, como também a Justiça, não acredita que Mariano atuava sozinho. Parecia ser, antes, o testa de ferro de alguém maior.

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