Holden Arruda-
Enquanto em outras cidades estão limitando ou banindo, em Imperatriz haverá incentivos, mas o problema é o que vai ocorrer depois.
Antes dos mimisentos dizerem alguma coisa, adianto que existem milhares de formas de estimular a cultura e inserção social, mas não acredito que estimulando a arte de grafites em órgãos públicos gera inclusão, até porque a desculpa que é cultura não encaixa, pois Imperatriz não tem cultura de grafite, mas o estimulo a isso vai gerar pichadores, e a consequência vai ficar para a história. Jovens são inconstantes e farão qualquer coisa para saciar a adrenalina natural da juventude.
A cidade de Imperatriz recebe graciosamente todos os tipos de pessoas e comunidades, basta caminhar nos mais diversos ambientes gastronômicos ou nos shoppings que vamos encontrar uma maioria absoluta de consumidores que não nasceram em Imperatriz, mas adotaram nossa princesa como se fosse. Nesse sentido, basta andar pela cidade que veremos que não existe pichações e nem pichadores a ser combatido, o que justificaria estimular o grafite.
Em São Paulo o prefeito João Dória tirou esse tipo de arte dos monumentos públicos e os transferiu para outros ambientes. Em Imperatriz o prefeito Assis quer inaugurar algo totalmente controverso e os chamando de cultura, o que claramente, se for, não é nossa. Enquanto isso a cultura local clama por incentivos a mais de décadas.
Se isso for concretizado a cidade vai inaugurar algo irreversível e com fortes consequências na sua imagem, e mais, principalmente na visão de limpeza que o prefeito quer implantar. Afinal, a sujeira não é somente aquilo que se joga na rua, mas a poluição visual também é tida na mesma etimologia.
Se o poder público tiver interesse, Imperatriz tem enorme campo para explorar e estimular sua cultura, mas que passam bem distante do grafite - que nunca foi uma cultura do imperatrizense.
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